Conheça os 10 Maiores Produtores de Café do Mundo

O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, movimentando uma indústria bilionária. 

Cada país produtor do grão tem suas próprias variedades e métodos de plantio, que contribuem para a riqueza e diversidade do produto.

O Brasil é o maior de todos há mais de 150 anos e continua a liderar o mercado cafeeiro mundial. 

Em 2022, cerca de 2,2 milhões de toneladas de café brasileiro foram exportadas, o equivalente a 39,4 milhões de sacas, para 145 países, com os Estados Unidos e a Alemanha sendo os principais destinos.

Outras nações também se destacam bastante e são consideradas líderes nesse ramo.

Neste artigo, confira quais são os 10 maiores produtores de café do mundo.

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Maiores Produtores de Café do Mundo

Figura: Cinturão de produção de café no mundo. Fonte: Coffee for Less.

Se você é um amante de café, provavelmente já se perguntou quais são os maiores produtores do mundo. 

Essa indústria é muito importante em muitos países, fornecendo empregos e renda para milhões de pessoas. 

O Brasil detém cerca de um terço da produção global. Junto com Colômbia, Vietnã, Indonésia e Honduras, que também marcam presença na lista, esse número chega a 60%.

Brasil – 2.295.000 toneladas métricas

O Brasil tem uma produção de 2.295.000 toneladas métricas por ano. Essa é uma das principais atividades econômicas do país e é responsável por uma grande parte das exportações.

As plantações estão concentradas principalmente nas regiões de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. O clima e a temperatura nessas regiões são ideais para o cultivo.

O país é conhecido por produzir uma grande variedade de tipos de café, como o robusta e o arábica, que é considerado de alta qualidade e é muito valorizado no mercado internacional.

A produção cafeeira brasileira é essencial para a economia e é um ponto fundamental na história e cultura.

Vietnã – 1.650.000 toneladas métricas

O Vietnã é o segundo maior produtor do mundo, com uma produção anual de 1.650.000 toneladas métricas. O café é uma parte essencial da economia nacional, ficando atrás apenas do arroz.

Apesar disso, o país não tem a mesma reputação de qualidade que outros produtores, como o Brasil e a Colômbia.

A maior parte do grão produzido no país é do tipo robusta, que é conhecido por ser mais amargo e menos aromático do que o arábica, que é mais comum em outras localidades.

Essa é uma parte importante do sistema econômico da nação desde a década de 1990, quando o governo local começou a incentivar a produção como uma forma de diversificar sua economia. Desde então, essa se tornou uma das principais exportações do Vietnã.

Colômbia – 810.000 toneladas métricas

A Colômbia apresenta uma produção anual de 810.000 toneladas métricas. O café colombiano é mundialmente famoso por sua qualidade e sabor, sendo considerado um dos melhores.

Apesar de sua reputação, a produção tem sido afetada pelas mudanças climáticas. Antes, a nação colombiana vinha logo após o Brasil dentre os maiores produtores, mas perdeu a posição. 

O grão é cultivado em diversas regiões do país, com destaque para as áreas montanhosas. Os principais tipos produzidos lá são o arábica e o robusta. 

O arábica é considerado de melhor qualidade e é cultivado em altitudes mais elevadas, enquanto o robusta é plantado em altitudes mais baixas e é utilizado principalmente em blends.

Muitos produtores colombianos utilizam práticas agrícolas sustentáveis, como o cultivo à sombra, que ajuda a preservar a biodiversidade da região. 

E boa parte deles são membros de cooperativas que ajudam a promover o desenvolvimento social e econômico das comunidades locais.

Indonésia – 660.000 toneladas métricas

A Indonésia conta com uma produção anual de cerca de 660.000 toneladas métricas. O território é conhecido por produzir o tipo robusta, que é menos valorizado do que o arábica, mas é mais resistente a doenças e pragas.

No país, o plantio é concentrado nas ilhas de Sumatra, Java e Sulawesi. Os grãos são cultivados em pequenas propriedades e, muitas vezes, são processados de forma tradicional, o que dá à bebida um sabor único e distintivo.

O café indonésio é famoso por suas notas terrosas e picantes, com um sabor forte e encorpado. Ele é frequentemente utilizado em blends para adicionar profundidade e complexidade ao paladar.

Vale pontuar que a qualidade do grão produzido por lá pode ser variável. Escolha cuidadosamente para garantir a melhor qualidade possível.

Etiópia – 384.000 toneladas métricas

A Etiópia tem uma produção anual de 384.000 toneladas métricas. O país é o lar geográfico do café arábica, o grão mais popular no mundo. 

Mais de 15 milhões de habitantes são empregados nesse mercado, o que faz sentido, uma vez que o café representa uma grande parte da economia, com mais de 28% das suas exportações.

Lá, são produzidos grãos de alta qualidade, com uma grande variedade de sabores e aromas únicos. 

A planta é cultivada em diferentes regiões, cada uma com suas próprias características e perfis de sabor. Algumas das principais são Sidamo, Yirgacheffe e Harrar.

Como resultado, é possível notar complexidade, acidez brilhante e notas frutadas no paladar. Definitivamente vale a pena experimentar.

Honduras – 348.000 toneladas métricas

Honduras conta com uma produção anual de 348.000 toneladas métricas. A commodity faz uma grande diferença na economia local, fornecendo empregos e renda para grande parte da população.

O café é cultivado em várias regiões do país, incluindo Copán, Ocotepeque, Comayagua, El Paraíso, La Paz, Lempira, Intibuca e outros.

O resultado é de alta qualidade, com variedades como Bourbon, Caturra, Catuai, Lempira e Pacas.

Os produtores da nação enfrentam desafios como o clima imprevisível, a falta de infraestrutura e a concorrência de outros. No entanto, há um trabalho constante para melhorar o cenário e aumentar a produtividade.

Essa atividade é fundamental para muitas famílias rurais, sendo uma fonte de renda para os agricultores, permitindo-lhes sustentar suas famílias e investir em suas comunidades. 

O café é uma parte integrante da cultura hondurenha e é apreciado em todo o mundo por sua qualidade e sabor único.

Índia – 348.000 toneladas métricas

A Índia tem uma produção anual de cerca de 348.000 toneladas métricas. No famoso país das especiarias, o café é uma das principais commodities exportadas.

A maior parte do que é produzido é do tipo robusta, que é mais resistente e adaptável às condições climáticas locais. 

O cultivo é amplamente distribuído em várias regiões do país, incluindo Karnataka, Kerala e Tamil Nadu. Essa indústria emprega milhões de pessoas, desde a população rural até trabalhadores de torrefação e exportação.

A maioria de sua produção é destinada à exportação. Os principais destinos são países europeus, como Alemanha, Itália e Bélgica. Os Estados Unidos e o Japão também compram o café indiano.

Uganda – 288.000 toneladas métricas

Uganda é o maior exportador da região central da África, com um total de 288.000 toneladas métricas produzidas por ano. 

Seu cultivo é composto por grãos robusta, que são nativos da floresta Kibale, e grãos do tipo arábica. O café é vital para a economia local, com grande parte da população trabalhando nessa indústria.

A produção é dominada por pequenos produtores, com a maioria dos agricultores possuindo menos de 2 hectares de terra. 

O governo ugandense tem incentivado o plantio, fornecendo assistência técnica e financeira aos agricultores. Há investimentos em pesquisa para melhorar a qualidade e a produtividade.

O grão é normalmente cultivado no sul do país, onde é possível cultivar tanto o tipo arábica quanto o robusta. A produção é altamente sazonal, com a colheita ocorrendo de setembro a dezembro. Então, o café é processado e exportado para mercados em todo o mundo.

A indústria local é altamente competitiva, com os produtores enfrentando desafios como doenças de plantas, mudanças climáticas e flutuações nos preços do mercado global de café.

Mesmo assim, é possível notar um crescimento, com a nação buscando expandir sua presença no mercado global.

México – 234.000 toneladas métricas

O México tem uma produção de 234.000 toneladas métricas. Lá, são produzidos principalmente grãos arábica nas regiões costeiras próximas à costa com a Guatemala.

Além disso, o país é responsável pela maior parte da importação dos EUA. Seu café é conhecido por ser suave e doce, com notas de nozes e chocolate.

Os principais estados produtores são Veracruz, Chiapas e Puebla. A nação tem uma longa história nesse mercado, com a primeira plantação sendo estabelecida em 1790.

O café é parte da cultura mexicana e é consumido em todo o território mexicano. O café de olla, uma bebida tradicional local, é uma mistura de café, canela e açúcar.

O cultivo tem enfrentado desafios nos últimos anos, incluindo a concorrência de outros países e a ameaça de pragas e doenças. No entanto, o país continua a ser um grande produtor no mundo.

Guatemala – 204.000 toneladas métricas

A Guatemala tem uma média de 204.000 toneladas métricas produzidas por ano. Os grãos são cultivados em várias partes do país, incluindo Antigua, Huehuetenango e Cobán.

A região de Antigua é conhecida por produzir o grão especial mais procurado, que é cultivado em solo vulcânico e num clima um tanto previsível. 

O café produzido em Huehuetenango é conhecido por seu sabor frutado e notas de chocolate, enquanto o que é cultivado em Cobán é mais suave e levemente ácido.

A produção permaneceu consistente nos últimos anos. A maioria é da variedade arábica, que é conhecida por seu sabor suave e doce. 

A nação é uma grande fornecedora para diferentes localidades ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos e a Europa.


Cultivo e Processamento

Figura: Produção mundial de café das safras de 2020/2021 até estimativas para a safra de 2023/2024. Fonte: USDA, 2023.

O café é cultivado em várias regiões do mundo, principalmente em áreas com sol abundante e clima favorável. 

As formas de plantio variam de acordo com as condições geográficas e climáticas de cada região, mas geralmente envolvem a plantação de mudas em hectares de terra.

Variedades de Grãos e Qualidades

Figura: Variedades de café mais cultivadas (arábica e robusta) nos países produtores do grão – localizados no cinturão do café. Fonte: Empreender Agro.

Existem duas principais variedades de grãos de café: arábica e robusta. O arábica é considerado de alta qualidade e é plantado em altitudes elevadas, enquanto o robusta é mais resistente e é cultivado em áreas de baixa altitude. 

A qualidade também é influenciada por fatores como a altitude de cultivo, o clima e o processo de secagem.

Métodos de Cultivo

Figura: Produção de café no Brasil (cultivares robusta e arábica) nos últimos anos e expectativa de produção para a safra 2023/2024. Fonte: USDA, 2023.

Os produtores utilizam diferentes métodos, como o cultivo em altitudes elevadas, que é comum na América Central e do Sul, e em áreas de baixa altitude, que é mais comum na Ásia e na África. 

O café arábica é plantado em altitudes elevadas, enquanto o café robusta é produzido em áreas de baixa altitude.

Processos de Colheita e Secagem

A colheita é feita manualmente ou mecanicamente, dependendo do tamanho da plantação. 

As cerejas de café são colhidas quando estão maduras e vermelhas. Depois de colhidas, elas são processadas para remover a polpa e a mucilagem. 

O processo seco é o método mais comum para processar os grãos, mas o úmido também é utilizado em algumas regiões.

Desafios Agrícolas e Climáticos

Os produtores enfrentam vários desafios agrícolas e climáticos, incluindo mudanças climáticas e doenças que afetam as plantas. 

O café é cultivado em áreas vulneráveis a secas, geadas e outras condições climáticas extremas, o que pode afetar a produção.

Tecnologia e Inovação na Produção

Os produtores estão sempre buscando maneiras de melhorar a produção de café por meio de tecnologia e inovação. 

A pesquisa é realizada para desenvolver novas variedades, que sejam mais resistentes a doenças e condições climáticas extremas. 

Novas técnicas de processamento e secagem também estão sendo desenvolvidas para melhorar a qualidade do grão.


Perguntas Frequentes

Quem lidera a produção mundial de café?

O Brasil lidera a produção mundial de café, com um total de 2.993.780 toneladas produzidas por ano. 

No entanto, outros países como Vietnã, Colômbia e Honduras também são alguns dos maiores produtores.

Qual país é o maior exportador de café?

O Brasil é o maior exportador do mundo, com uma participação de mercado de cerca de 30%. 

Outras nações que também são grandes exportadores incluem Vietnã, Colômbia e Honduras.

Quem são os principais consumidores de café no mundo?

Os principais consumidores do mundo são os Estados Unidos, seguidos pela União Europeia, Brasil e Japão. 

Entretanto, a Finlândia é o país que mais consome café per capita, com uma média de 12 kg por pessoa por ano.

Qual país é o maior produtor de café conilon?

É o Brasil. O conilon é uma variedade que é cultivada principalmente no Espírito Santo, representando mais de 70% da produção total de café do estado.

Quem são os principais importadores de café?

Juntos, a União Europeia e os Estados Unidos representam mais de 50% do total de café importado no mundo. 

Outros grandes importadores são Japão, Colômbia e Turquia.

Quais estados brasileiros se destacam na produção de café?

Os estados brasileiros que se destacam são Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Juntos, eles representam mais de 80% da produção total de café no Brasil.

Figura: Regiões produtoras de café do Brasil. Fonte: BSCA Cafés Especiais do Brasil.

Conclusão

Neste artigo, você conheceu os maiores produtores de café do mundo e suas principais características. 

O Brasil é o líder na produção mundial e um dos maiores consumidores. Você também viu que o Vietnã é o segundo maior produtor.

Cada um de todos os países citados tem suas próprias características no cultivo, seja pela variedade ou pelas técnicas de colheita e processamento. 

Mesmo com tanta diversidade, é possível apontar quais são os melhores grãos de café para uma ótima experiência de degustação.

Enfim, a produção é fundamental para a economia de diversas nações e pode ser uma das principais fontes de renda para pequenos produtores.

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